A dermatologia clínica e preventiva é a área responsável pela prevenção, pelo diagnóstico, seguimento e tratamento das doenças de pele e seus anexos.
Abaixo estão as principais doenças de pele seguidas pelo dermatologista.
Doença causada pela inflamação dos folículos pilosos que geralmente surge na adolescência, quando ocorre aumento dos hormônios sexuais, e também pode surgir em mulheres adultas que não tiveram história de acne na puberdade.
Pode acometer o rosto, o colo, as costas e as nádegas com espinhas e/ou cravos, resultando geralmente em cicatrizes escuras ou fundas.
Estresse, período pré-menstrual, dieta com muito carboidrato e suplementos alimentares podem piorar o quadro.
Deve-se tratar o quanto antes para evitar o surgimento de cicatrizes. Uso de sabonetes e protetores solares para pele oleosa são indicados no tratamento.
Grupo de doenças auto imune (quando o nosso sistema imunológico reage contra as nossas próprias células) que atingem o colágeno.
A apresentação clínica é variável e depende da doença. Alguns exemplos são Lúpus eritematoso, Dermatomiosite e Esclerodermia localizada ou sistêmica.
O diagnóstico é importante para o tratamento correto e para evitar as complicações sistêmicas dessas doenças.
Doença inflamatória que acomete principalmente o couro cabeludo, a pele do rosto e do peito. São lesões vermelhas com descamação na maioria dos casos, podendo ou não coçar.
É mais comum em homens, pacientes com HIV e com doenças neurológicas, como doença de Parkinson. Alguns fatores causam a piora das lesões como estresse, privação de sono, ingestão de álcool e excesso de oleosidade na pele.
É uma doença que não tem cura, apenas controle, e não é contagiosa. Para prevenir a piora deve-se evitar banho muito quente, usar shampoo anti-caspa, aplicar condicionador apenas nas pontas dos cabelos, evitar consumo de bebida alcoólica e controle do estresse.
Nesse grupo de doenças incluímos aquelas que levam ao surgimento de bolhas na pele e/ou mucosas, como boca e região genital. Alguns exemplos são pênfigos vulgar e foliáceo, penfigóide bolhoso, epidermólise bolhosa adquirida e dermatite herpetiforme.
Algumas doenças, apesar de não terem lesões bolhosas como característica, podem se apresentar com surgimento de bolhas, como lúpus eritematoso e pioderma gangrenoso.
Cada doença apresenta características específicas que auxiliam no diagnóstico. Exames complementares podem ser fundamentais para o diagnóstico correto e para guiar o tratamento.
Reação adversa que pode ocorrer na pele, mucosas como olho, boca e genitais, e órgãos internos secundária ao uso de medicações. Pode se apresentar como urticária e angioedema (inchaço da boca, olhos e genitais), manchas vermelhas espalhadas pelo corpo e bolhas. Os quadros mais graves são de Necrólise Epidérmica Tóxica (NET) e Síndrome de Stevens-Johnson, que apresentam grande taxa de mortalidade.
Antiinflamatórios, antibióticos e anticonvulsivantes são as principais classes de medicações que podem levar a farmacodermias. Suspender o uso de medicação é importante para resolução do quadro.
São lesões de pele que aparecem quando entramos em contato com uma substância fotossensibilizante seguida de exposição solar. O exemplo mais comum é “queimadura” pelo limão depois de tomar sol.
As substâncias são furocumarinas (psoralênicos) e estão presentes em limão, laranja, tangerina, cenoura e figo. As lesões surgem após 24 a 48 horas e são vermelhas ou arroxeadas, podendo ter pequenas bolhas. Após a resolução da lesão inicial, encontramos manchas escuras que clareiam com o tempo.
Deve-se lavar bem com água e sabão a área em contato com essas substâncias e usar protetor solar.
Doença que leva ao surgimento de manchas escuras no rosto, pescoço, colo e braços em quem tem predisposição genética. É associada à exposição à luz solar e visível. Alguns fatores como uso de anticoncepcional e gravidez podem desencadear o aparecimento das manchas.
O tratamento adequado auxilia na melhora das manchas, porém o recidiva das lesões é muito comum.
Para prevenção é importante evitar a exposição solar, além de usar protetor solar físico e químico, que deverá ser reaplicado várias vezes ao longo do dia, e usar chapéus e bonés.
As micoses englobam diversas doenças de pele, cabelos e unhas causadas por fungos, com pitiríase versicolor (pano branco), tinha do corpo, onicomicose (micose das unhas) e candidíase.
São mais comuns em idosos e deve-se fazer o diagnóstico correto para tratamento adequado.
A prevenção é feita secando bem as áreas de dobras após o banho, usando luvas nas mãos para evitar contato prolongado com água, usando calçados em locais de grande circulação, como vestiários e saunas, e não ficar com roupas úmidas por muito tempo.
Doença inflamatória e crônica que pode acometer a pele e os olhos. Pode se apresentar como vermelhidão, que no início é passageira mas se torna permanente com o passar do tempo, além de pápulas, pústulas ou rinofima, (deformidade que ocorre mais comumente no nariz, com formação de lesões arredondadas proeminentes).
Deve-se evitar os fatores que desencadeiam a piora do quadro como ingestão de bebida alcoólica, exposição solar, vento, comidas apimentadas, vapor quente na face.
O tratamento depende da apresentação clínica e o uso de hidratantes e sabonetes especiais ajudam a controlar o quadro.
Doença que leva ao surgimento de manchas brancas na pele, pêlos e cabelos. Ocorre geralmente em áreas de trauma, como mãos, cotovelos e joelhos, podendo acometer apenas o genital. Pode estar associada a doenças autoimunes, como tireoidites.
O vitiligo ainda não tem cura, porém a repigmentação pode ser estimulada com uso de medicações e fototerapia, com resposta variada para cada pessoa.